Ainda é baixo o percentual de redução do consumo de água

21 de outubro de 2016 - 16:01

O baixo percentual de redução do consumo de água diante da aplicação de medidas de contingência e emergência em Fortaleza e na Região Metropolitana de Fortaleza – RMF, tem motivado encontros entre a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – Arce, e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará – Cagece. A meta de economia de água prevista não tem sido alcançada, mesmo diante do agravamento da situação hídrica do Estado. Com o intuito de manter a eficiência econômica e técnica dos serviços, a determinação do Ente Regulador é de que haja um consumo 20% menor do que no período de outubro de 2014 a setembro de 2015. Entretanto, a Cagece registrou, no último mês de setembro, redução de apenas 5% no consumo de água em Fortaleza e na RMF. O percentual representa uma economia de aproximadamente 619 mil m³ no volume consumido, número menor do que o registrado em agosto, quando a redução foi de 985 mil m³ (8%)

A tarifa de contingência é um mecanismo tarifário regulatório que corresponde à cobrança de valor excedente sobre as tarifas normais aplicadas a cada metro cúbico de água potável consumido pelos usuários do serviço público de abastecimento de água na Capital e Região Metropolitana de Fortaleza. Tal mecanismo corresponde à incidência de 120% de acréscimo ao valor da tarifa normal de água sobre o consumo excedente a 80% da média de utilização de água de cada usuário. A adoção da tarifa de contingência se fundamenta na necessidade de controle de demanda e na cobertura de custos operacionais adicionais em virtude do atual quadro de Situação Crítica de Escassez Hídrica, segundo a Cagece.

Os dados divulgados pela companhia apontam que a taxa de contingência entra para o nono mês sem conseguir atingir o resultado esperado, tanto na Capital quanto nos municípios que integram a Região Metropolitana. “A Arce procura analisar e discutir as condições necessárias a fim de manter a eficiência do abastecimento de água no Estado do Ceará”, enfatiza o presidente do Conselho Diretor, Adriano Costa, que se mostra “bastante preocupado”. Costa enfatiza: “É preciso que as pessoas se conscientizem que o Ceará vive um momento difícil e que não cabe desperdício”. Ele alerta: “se não economizar, vai faltar”.

De acordo com os dados obtidos pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – Funceme, no Ceará, cerca de 75% do território apresenta seca extrema ou seca excepcional. O mapa mais atual do Monitor de Secas do Nordeste – MSNE (ferramenta coordenada pela Agência Nacional das Águas – ANA com participação de várias instituições estaduais), publicado em 18 de outubro pela Funceme, mostra que no mês de setembro a forma mais severa de estiagem (seca excepcional) avançou sobre a Região, sendo observada em áreas de quase todos os estados nordestinos, com exceção apenas do Maranhão. Colaborar com o uso racional da água e a segurança hídrica do Estado têm sido prioridade da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará que regulamentou as medidas de contingência e emergência, determinadas pela Resolução Arce 201/2015, e as que versam sobre o possível racionamento do recurso, citadas na Resolução Arce N° 206.

Foto: falecomricardotorres.blogspot

 

21.10.2016

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